quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ampolas de Sol

(Lumière Foto de Paulo César Zyeuter.com)


Chegaste,
Com mãos cheias de noite
Sacudir,
Meu corpo a baixo,
A luz do meu dia
Quiseste,
Derrubar o sol
Que me ilumina por dentro
Ficaste atónito...
Quando este não se rendeu
Garras de fora, aferrou-se-me à alma
E mesmo sangrando um pouco
Brilhou como um louco
E de tanto brilhar
Abriu as goelas ao escuro
E fez-lhe engolir
Uma das minhas ampolas de sol...

Sabes, foi assim que a noite implodiu no seu próprio ventre!

(Carmen Cupido in "Corpo do Poema")

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