segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Corpo Casulo

(Foto de Darren Holmes)


Arrancar-se
Ao corpo Casulo
Cativeiro do Eu
Atiçando o Ser
Que, à força de não ser
Rasteja como uma lagarta
Pela linha dos tempos mortos
Pendurando-se nas virgulas
Que travam o impulso da vontade

Há que despertar
A coragem da evasão
Que dorme raquítica
No colo nebuloso dos medos
Retorcer os fios de quem se é no fundo
E saltar para o mundo...

Do alto do parapeito da ravina da vida!

(Carmen Cupido in "Corpo do Poema")

2 comentários:

  1. Poema simplesmente maravilhoso, carregado de metáforas.

    Parabéns, amiga Carmen!
    Beijos
    Isa

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  2. Deixe a meta do poeta, não discuta
    Deixe a sua meta fora da disputa
    Meta dentro e fora, lata absoluta
    Deixe-a simplesmente metáfora (Gilberto Gil)

    encontrei aquela coragem rogada por Borges;Dá-me, Senhor, Coragem e alegria para escalar o cume deste dia.

    Pretendo me lançar em breve!
    Até mais!

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